Conhecer os lubrificantes industriais e suas aplicações é fundamental para cuidar corretamente de qualquer equipamento industrial.
A utilização inadequada destes produtos pode comprometer diretamente o tempo de vida útil e o desempenho de uma máquina.
Se quer manter o perfeito funcionamento dos equipamentos da sua empresa, aumentando o tempo de vida e produtividade de cada um deles, conheça neste artigo os tipos de lubrificantes industriais e suas respectivas aplicações.
O que são os lubrificantes industriais?
Um lubrificante industrial é um substância que possui o objetivo de reduzir o atrito entre as peças fundamentais de uma máquina, evitando o desgaste precoce de qualquer equipamento.
Ele é responsável pela formação de uma película protetora entre as superfícies de contato das partes móveis da máquina.
Para produzir essa substância, normalmente é realizada uma mistura de óleos e alguns aditivos.
O material utilizado permite determinar as propriedades, o desempenho e a vida útil do lubrificante.
Ele é usado em diversos componentes de um equipamento, dentre os quais podemos citar: motores elétricos, rolamentos, mancais, engrenagem, rotor, correntes industriais e outros.
Por que existem diferenças entre os lubrificantes industriais e em suas aplicações?
As diferenças entre os tipos de lubrificantes existem porque algumas peças e máquinas possuem necessidades diferentes de outras.
Para isso, os fabricantes de lubrificantes utilizam diferentes materiais em cada tipo de produto, e precisam especificar isso nas embalagens dos mesmos.
Características como a resistência ao calor e o tempo de vida útil, por exemplo, podem ser muito importantes para determinar a escolha do lubrificante.
Além disso, o ponto de inflamação também é muito levado em consideração, já que pode causar acidentes se não for adequado para a função.
Os lubrificantes que trabalham em metais podem ser encontrados em três tipos: pastoso (graxa), líquido (óleo) e sólido.
Cada um desses produtos possuem propriedades distintas e podem ter um melhor funcionamento, ou seja, agir de forma mais eficaz, em aplicações industriais específicas.
Os lubrificantes sólidos, como o nitreto de boro, por exemplo, muitas vezes possuem a capacidade de manter a umidade, reduzir o atrito e o desgaste.
Quais são os tipos de lubrificantes industriais e suas aplicações?
Os lubrificantes industriais e suas aplicações podem ser classificados de acordo com o estado físico do produto.
Um dos mais comuns dentro da lubrificação industrial é o lubrificante líquido, como os óleos graxos, aditivados, sintéticos e minerais.
Além deles, existem também os pastosos, como as graxas – que são utilizados quando óleo não é suficiente para manter a película protetora – os sólidos e os gasosos.
Os lubrificantes também podem ser categorizados segundo a sua origem, isto é, de acordo com sua composição, exemplo: lubrificantes integrais e lubrificantes feitos com minerais sintéticos ou semissintéticos (óleos solúveis em água).
As principais características que definem a utilidade de um lubrificante industrial para cada equipamento são o seu índice de viscosidade, pontos de combustão e de fulgor, e a sua densidade.
1. Óleos
Como dito anteriormente, os lubrificantes líquidos são os mais utilizados.
Eles são compostos basicamente por um óleo que recebe outros aditivos, podendo variar suas aplicações de acordo com essas substâncias – tudo depende da função de cada uma delas.
A grande maioria dos lubrificantes líquidos possuem quase 99% de óleo em sua composição.
E, por mais que representem apenas 1% do produto, os aditivos alteram completamente as capacidades do óleo, tornando-o mais adequado para aplicações específicas.
As principais e mais importantes características dos óleos lubrificantes são a baixa viscosidade e a redução da perda por atrito.
As aplicações mais adequadas para os óleos lubrificantes industriais são equipamentos que possuem altas cargas e exigem altas velocidades.
Isso inclui a lubrificação de rolamentos, engrenagens e mancais.
2. Graxas
Ao contrário dos óleos lubrificantes, as graxas, ou lubrificantes pastosos, possuem um maior grau de viscosidade.
Em sua composição são utilizados materiais similares aos que são usados nos óleos.
Porém, nas graxas, há a adição de espessantes, que são responsáveis por mudar a textura do produto e fazer com que ele se torne um material pastoso.
Essa mudança, porém, ocorre apenas na forma física do lubrificante, visto que ele continua com as mesmas propriedades que teria se fosse um óleo.
Essa alteração é feita para aumentar a versatilidade do lubrificante e fazer com que ele continue sendo eficaz nos casos em que o óleo não seria.
Além disso, as graxas são mais resistentes a contaminantes, podendo ser usada em máquinas de variadas cargas, velocidades e temperaturas.
3. Sólidos
O lubrificante sólido é um dos menos utilizados no setor industrial, já que os óleos e as graxas são observados com maior frequência.
Esse tipo de lubrificante é usado quando a máquina possui condições extremas, atuando como um agente anti-desgaste ou de extrema pressão.
Tanto o seu uso quanto a sua composição são bem diferentes quando comparados aos outros tipos de produto.
As substâncias que costumam ser utilizadas como lubrificantes sólidos são o dissulfeto de molibdênio, grafite e politetrafluoretileno.
4. Gasoso
A utilização de lubrificantes gasosos é ainda menos comum, pois deve ocorrer quando as camadas de lubrificante devem ser muito finas.
Os gases mais utilizados para a lubrificação industrial são o nitrogênio e o hélio, e o principal local de aplicação são os mancais aerostáticos.
Os lubrificantes gasosos possuem uma baixa capacidade de carga, além de serem indicados para equipamentos com acabamento muito preciso.
Por outro lado, eles conseguem atuar em diversas condições de temperatura e causam um atrito mínimo entre as peças, por conta de sua baixa viscosidade.
Qual é a função da lubrificação industrial?
A principal função da lubrificação industrial é reduzir o atrito entre as superfícies de contato das peças de um equipamento e aumentar a vida útil da máquina.
Para isso, são utilizados lubrificantes, que criam uma película fina e viscosa nessas superfícies, impedindo que haja um desgaste precoce.
Isso melhora a movimentação entres as peças, garante um maior tempo de trabalho e o desempenho das máquinas.
Por todos estes fatores é que torna-se importante saber quais são os tipos de lubrificantes industriais e suas aplicações.
Um produto utilizado de maneira incorreta ou em uma peça inadequada pode causar sérios prejuízos.
Assim, é importante que haja um programa de lubrificação, para que o uso do lubrificante seja monitorado.
Benefícios da lubrificação industrial
- Redução de choques: as camadas de lubrificante têm a habilidade de absorver a energia de impacto entre superfícies sólidas.
- Proteção contra a corrosão e resistência a oxidação: a lubrificação de equipamentos industriais evita que materiais corrosivos entrem em contato direto com as peças metálicas.
- Limpeza das peças: os lubrificantes são responsáveis pela remoção de contaminantes, que são carregados pelo óleo durante a operação da máquina.
- Controle da temperatura: os lubrificantes absorvem o calor gerado pelo atrito entre as superfícies de contato, além de auxiliar na refrigeração dos sistemas de transmissão.
- Vedação dos componentes internos: as graxas possuem a habilidade de impedir a entrada de partículas sólidas incomuns. Já os lubrificantes líquidos impedem a entrada de outros fluidos nas peças. Além de tudo, outro efeito positivo da vedação é que ela evita a perda de pressão dos motores.
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